O Quarto Passo [...] deu-nos uma ferramenta a utilizar sobre o nosso ressentimento, medo e vergonha antes de desencadear a luxúria (Passo para a Acção 57).
A cura dos medos da infância é difícil. Eu encolhi-me quando a minha mãe se enfurecia e culpava o meu irmão e a mim. À medida que fui envelhecendo, vi-me paralisado pelo medo quando confrontado por pessoas zangadas. Sempre pensei que "a culpa era minha, que devia suportar a vergonha de causar "aquilo", e que o meu trabalho era consertar "aquilo". Para escapar a esta pressão, recorri a pensamentos e comportamentos luxuriosos. Eventualmente, a luxúria virou-se contra mim, causando mais problemas. Descobri que não conseguia parar de cobiçar. Cheio de medo, vim para SA.
Este programa dos Doze Passos mudou a minha vida. Através da participação em reuniões de SA e do contato com o meu Poder Superior, deixei de atuar. O meu padrinho ajudou-me a trabalhar os Doze Passos. Quando inventei o meu medo da raiva dos outros no Quarto Passo e o entreguei nos Passos Cinco e Seis, senti-me livre do fardo de gerir a raiva dos outros. Aprendi que podia desprender-me das suas emoções - deixei de ter a ilusão de que posso mudar os seus sentimentos - e lembrar-me de que não sou responsável pelos seus sentimentos. Se faço o meu inventário e vejo que desempenhei um papel na sua raiva, então faço imediatamente as minhas reparações. O programa ajuda-me a manter os limites e a deixar os outros gerirem os seus sentimentos enquanto eu cuido dos meus.
Obrigado, Deus, por me libertares dos medos que estão por detrás do meu comportamento luxurioso.